terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Porquê




Para que não seja eu
me julgam
Me condenam
Me degolam

Para que não sonhe
Me rasgam o pensamento
Me roubam
o lugar na cama
E me deixam
Com angústia e com lama

Quero ser
o dono do meu tempo
(Não o destruam)
Poder ousar morder
o meu próprio corpo
Num afã incontrolável

Apodrecer e caír morto

Quero ser
A minha loucura
Semeada de gritos e lamentos
Beber o meu sangue
O meu vinho
Comer o meu pão roubado
Enforcar-me
numa corda de sonho

Partir
Para não mais regressar
Sentir o silêncio da terra
Onde as rosas protestam
em cânticos de luto

Arder
em chamas de cardos
e de cravos

Vaguear no Inferno
Com odores de esqueletos
muribundos

Quero
os meus passos infames
a pisar pétalas e bichos

Como um corcel alado
em busca do ADEUS

Vitor Correia

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Paro


Paro
Escuto
Vejo

És tu
Vieste ,por fim

Estendes os braços
Abres sorriso

Acabou a tristeza
A solidão

O Mundo agora é um jardim
Um céu aberto

Enreda-me
Meu amor
Aprisiona-me

Vês
Não há mais alguém
Tudo é fogo
Tudo é sentido
É vida

É eu seres tu
E tu seres eu

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Não me digam


Não me dêm mais esperança
Senão acredito
Aqui nesta terra
Onde me encontro
E de me encontrar dentro de mim
É o lugar onde te espero

Aqui
ninguém me diz
Quanto valho
Aqui posso dizer-te
Que estou de pé
Aqui
Alguém me questiona
Quanto amo?

Não
Aqui ninguém
Me faz um desafio


Não me dêm mais esperança
Senão eu falo
As palavras agarradas na garganta
Onde me poêm mordaças e correntes

Quero ficar de pé
Como um cavalo
Ou um POETA

Não quero
Ser apenas
Mais um
Dos que guardam
Os poemas na gaveta
Ah se um dia pudesse gritar
Nada ficaria
Neste coração amordaçado

sábado, 7 de novembro de 2009

Qualquer dia


Qualquer dia
Saio da minha toca
E pinto no céu
Uma estrela côr de Rosa

Qualquer dia
Solto as amarras
E canto ao tempo
Uma canção de raiva

Qualquer dia
Liberto a minha alma
E grito ao espaço
Uma Lua repetida

Qualquer dia
Mordo a minha boca
E falo palavras,
Caladas e feridas

Qualquer dia

Qualquer dia

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Um começo


Agora
Quis-te
E vieste
Enfim
Escuto o silêncio
Dos teus passos

Acabaram
Os desalentos
Os cansaços
As longas esperas
As noites infindáveis

Agora o Mundo
Já não é Mundo
É um jardim
Já falo
Com as pedras do caminho
Converso
Com o rio
Olho o céu
Agora elé é mais azul
O sol
Mais doirado
As aves permanecem
Todo o ano

Conto-te
As minhas alegrias
A minha esperança
O meu sonho
Como criança
Numa manhã de Natal
A quem deram brinquedo novo

Tenho ilusões
Como ninguém
E espero
E desespero
P'lo teu olhar
Fico em êstase
Na noite dentro de mim
E vou guardar-te
Para sempre
Dentro de mim

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Ainda não tive


Ainda não

Ainda não tive o meu lençol de carinho
A minha dívida de sangue
A memória viva do meu retrato

Ainda não tive
fogueiras de fome por saciar

Ainda não tive
O pai,a mãe, o amor sòzinho
O amor imenso

Ainda não tive
o amigo de espanto
A sandália de pinho
ou aloendro

Por issso me sinto
incendiado
E talvez não saiba perdoar
Nem pedir perdão

Por onde ainda
irei passar e não passei?
Pela réstea da sombra?
Pelo caminho do frio?
Pelo campo da fome?

Só sei que irei
com o coração vazio
que carrego nas entranhas
Por dentro desta raiva
deste grito
E deixarei no tempo
e no espaço
Esta mensagem de risos
e de choros

Vitor Correia

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Blogagem coletiva Setembro:O Vencedor

Dez da noite e espero em vão a minha hora de partida.A minha busca.A minha corrida louca.Eu e mais uns não sei quantos milhões de irmãos esperamos a nossa vez de mergulhar no escuro.Em busca dum outro gâmeta, mas feminino Hà dois dias atrás,houve também grande azáfama por estes lados,mas atrasei-me.Fiquei para aqui neste saco ,escondido.Vamos a ver se será hoje.Tenho fé.Passa algum tempo e quase adormeço,já desiludido com a espera por não poder trabalhar. De repente, Zás!! Aí está.O meu dono parece que se resolveu libertar-nos e fazer-nos correr.Há uma grande sofreguidão para escapar deste testículo enorme e correr por um tubo de nem sei quantos cms.Para aí vinte ou coisa asssim.Até nos libertar-nos.Sei que vai ser uma luta heróica para vencer todos os meus adversários e irmãos ao mesmo tempo. Mas paciência.Só um será o eleito.O VENCEDOR A temperatura aumenta de repente.Os movimentos aceleram. Bolas!!! Não empurrem.Grito para os meus vizinhos.Esperem que ele nos liberte.De repente ...Tumba.Aí está.Fomos todos sacudidos e empurrados para este tunel imenso que é o canal espermático Toca a correr A nadar.A dar ao rabiosque que se faz tarde.Já lá vamos Ena pá que velocidade .Saímos dum tubinho e estamos agora numa gruta escura e húmida.Mas sabemos bem o que fazer Toca a nadar.Vai de abanar a cauda.A cabeça sempre em força empurrando.Explorando à espera de ver uma luz ao fundo desta caverna.Olho para o lado,para a frente e para trás.Somos milhões,mas quero ser o primeiro.O único.Mais nada.Uns atrasam-se.Outros falecem.Não aguentam o afã da corrida. Passam algumas horas e já quando começo a esmorecer,que vejo???Está lá!!!É um óvulo!!!É aquele que me espera.Renovo a vontade.Restauro a força.Aí vou eu.Sacudindo a cauda.Olhos postos naquele pedaço que me espera.Vai Vencedor!!!Está quase. Chego lá.Estão mais de cem já a tentar a perfuração.Mas trago em mim a força dos meus antepassados .Vai agora .mais um esforço.Vrummm.Vrummm.Bolas que a crosta é rija.Estou quase em desespero.Está aqui um ao lado prestes a vencer-me.Não pode ser.Vai vai ...Yupi .Aí está .Cabeça penetrada.Agora és tu Ó gâmeta feminino.Leva-me para o teu seio.Fecha a porta e apaga as luzes.Ninguém mais nos vai incomodar. Exausto adormeço naquele meio delicioso que comigo vai fazer vida Ah ,valeu a pena...E adormeço. Passam horas,acordo e já não sou um espermatozóide.Juntamente com o óvulo que fecundei ,um embrião.Agora são mais 9 meses a trabalhar para dar alegria ao meu ex dono e à minha nova hospedeira Então até à maternidade Beijinhos do VENCEDOR

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Quem dera


QUEM DERA

Quem me dera retornar
Às manhãs de Sol e de ternura
Abrir a porta
de par em par e dizer-te:
Entra
Estou aqui
Este sou eu
Dou-te a minha vida
O meu corpo
O meu sonho
A minha alma posta a nú

Quem dera retomar
A mágica tarefa
do viver
Sentir a cratera do teu fogo
A chuva dos teus cabelos
Perdidos na minha almofada

Quem dera ouvir Beethoven
Nas tardes cinzentas
Frias
Mas em que a alegria
O riso
Viviam dentro de nós

Ah meu amor
Queria retornar
A olhar os véus
e o ondular do teu corpo
Na penumbra

Sou nostálgico
Eu sei
Mas meu amor
Serei sempre
Uma mísera migalha
da tua Primavera
À tua espera

Vitor Correia

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Nenúfares da madrugada


De cavernas e crateras
Nascem
as minhas flautas de choro

Com espigas e espadas
Crio cortinas de vento
Nas minhas mãos sem idade
É na retina do meu silêncio
Que calo a voz
O pão
A boca adormecida
É no meu jardim de mágoas
Que planto
NENÚFARES DE MADRUGADA

É no calor do meu vento suão
Que o meu rio fica deserto

Cravo na minha boca
Uma concha de neve pura
Os meus olhos
ferem o ar
Com soluços de madrugadas adiadas

E canto
E oiço
A voz do poeta que me sussurra:
Olha bem a aragem
A seiva
Os cabelos livres ao vento
Repara quão zeloso
é aquele búzio
de pedras perfumadas!!

E páro a refletir
jà não me chega
a bala das palavras

É preciso mais
E quero ter

Uma pétala colorida
Um riso aberto numa praia deserta
Um murmúrio de esperança
A palavra AMOR sibilada

Vitor Correia

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Vou


Quando olho
Os teus olhos
Não vejo aves escondidas

Busco lágrimas
Nesse coração
Escondido

Procuro
Ternura subterrânea
Janelas de sonho

Pesquiso
Pilares de angústia
Cegos pelas nuvens
Do teu sorriso
triste

E que encontro?

Uma ponte inquieta
Que me leva ao teu corpo

É a vida a querer-me

sábado, 15 de agosto de 2009

Vida de cão


Ilusão
Desilusão
Ão Ão
vida de cão

O sonho
É uma quimera
A vida é que é
real

Imaginação
Desilusão
Ão Ão
vida de cão

jà foi
Já era
Já não é?
Será?
Não será
O que é que há?

Busco
No horizonte
A luz
A vida
O fim da névoa

E que vejo?

Nevoeiro
Bruma
escuridão

Valeu a pena pai?
Valeu

E agora mãe ainda vale?

Procura filho
Cata dentro de ti
Nem tudo podem ser Só sombras

Mas pai
Mas mãe
Se já não tenho forças
Como fazer? Se o céu já não tem azul
Se o sol foi ofuscado
Se a vida vai terminando
Se o amor
É uma quimera?

E o sonho ,mãe?
É uma ilusão?
Uma desilusão?
Ão Ão
vida de cão

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Memórias


Já era tarde
Enganos foram resolvidos
Olharam-se
Os olhos raiaram de desejo
Ela pegou-lhe na mão
E disse:

Vem
Hoje quero-te

O coração dele
Bateu mais forte
Correram
Corredor fora
Como quem corre
Atrás da vida

As roupas à pressa
no chão
As velas acesas
Os lábios colaram-se
Num louco frenesim
Numa ânsia incontida

Era o amor a chamar
Os corpos uniram-se
Mergulharam
Desapareceu
O mundo à volta

Amaram-se
Entregara-se
VIVERAM
Trocaram fluídos
O êxtase aconteceu
SImultâneo

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Novembro Frio


Novembro Frio


Era Novembro frio
Anoitecia
Roubaram-me o ar
O fôlego

Deixaram um prato vazio
Sobre a mesa
Trocaram-me
O Amor
Por um doloroso
amargo de boca

O coração???
Esse ficou ferido
Parado
Descrente

Uma sombra
Uma sede
Uma manhã sem esperança
Foi o que me deixaram

Num lugar
De um barco
de aventuras
Doaram-me
Um outro
Titanic

O corpo
Transformou-se
Num refúgio de armas
E a alma
Foi devorada

Vitor Correia

domingo, 26 de julho de 2009

Anda


Anda
Dá-me a tua mão

Vamos vaguear
no chão com as nuvens
No céu com as pedras
Anda
Mesmo como estás
Nua
Onde pisas nascem rosas vermelhas


Anda
Vem mesmo assim
Ninguém vai olhar

Não pintes o rosto
Vem só tu
Natural

Anda
Mesmo com fantasmas
nos ventos cortantes
Lá bem alto
Por cima das estrelas

Anda
Vamos os dois
Planar sobre o mar
Como Tristão e Isolda

Isolda imaginária
Viva
Que eu roubei à morte anunciada

Vem
Viva e bem viva
Embora quase morta
No fingimento da partida

Agora vamos
Mãos dadas
No céu
Nas nuvens
Nas árvores
No vento

Em busca da vida
Da felicidade
Do amor

Sem carácter de urgência

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Aqui


Não há um nome para a tua ausência
Há um muro que meus olhos derrubam

Não há uma palavra para o teu silêncio
Há uma mordaça que meus lábios libertam

Não há um gesto
Para a tua indiferença
Há um sorriso
Que minha face desnuda

Existe sim um sonho
Para a tua liberdade
Não há grilhetas
Que se oponham à esperança

Existe sim a vida
O céu para voar
Não há prisões
Onde calem a poesia

terça-feira, 7 de julho de 2009

Se....


Se um dia
Eu inventasse
O amor com carácter
De urgência
Criaria
Novo Sol
Novas estrelas
Mais alegria nas manhãs
Outro cheiro
De terra molhada
Novos aromas
De ervas acordadas
Outro tacto
De pele arrepiada

Inventaria
Mil mãos dadas
A gritar o AMOR
Com carácter
De urgência

Criaria
Olhos nos lagos
Bocas às nuvens
Corações no Céu

Gritaria
BEM ALTO
Vem
Dá-me o teu abraço
O teu corpo renascido
Como estás
Nua como és
E fica comigo
Com urgência

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Vem


Vem,
Promete-me
Que o meu próximo espermatozóide
Vai demolir
A crosta
do teu óvulo maduro

Vem
à luz das velas
Bordar poemas eróticos
Para consumo íntimo

Vem
Servir esta pobreza
envergonhada
deste menos bafejado pela sorte

Vem
E encontra
Estas correntes
com que me atrelo
Ao teu nevoeiro
Subterrâneo

Encontrarás
Aqui
O meu erro
A minha aposta
O meu medo

Mas
Verás também
a exalação
Ao meu suspiro
Activo em ti

Vem
E encontra-me TODO

sexta-feira, 19 de junho de 2009

O Amor que não tenho



O amor que não tenho
É o lençol com que me cubro

A distância que vai
entre o carinho
e a ausência
É a agua
que não bebo
Na memória da infância

O AMOR QUE NÃO TENHO
É a lenha
O jardim
É a casa
O teu cheiro
Inventados
todos dentro de mim


Água
Memória
O teu retrato

Os olhos
Esses sim
Ainda me dão alguma esperança
Do sonho
Do amanhã
Do depois

Mas agora NÃO

terça-feira, 9 de junho de 2009

Cansa




Cansa tanto esperar
A carne viva
Partilhada
Não comprada
Não vendida

Cansa muito
Pisar o vazio
O éter
O asfalto
As pedras que não calcas

Cansa tanto
Esperar a tua pele
O teu olhar
O teu riso
O teu enigma

Ah quanto cansa
Ver o teu lugar
Na mesa vazio
O prato limpo
À espera
Ah quanto cansa
Acordar do meu sonho
Onírico
Vigilante
Mas SONHO

sábado, 6 de junho de 2009

A VIDA


É do ponto mais alto
Do meu EU
Que grito o meu choro
O meu pranto

Canto e grito
Como quem se desnuda
Pondo a nú
A chama que me cresce
Que me morre
Que me devora

Acesa
Bem acesa
Na minha voz

Lâmina afilada
Amarga
Perfurante
Ao mesmo tempo sedutora
Penetra mño meu EU
Mas jamais me dói

Porque apesar de tudo
ainda me resta a esperança
O Sonho

A vida

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Stop


Parou aqui
A minha canção
O meu poema
Procurei-o
Na tua boca
Nos teus olhos
Colados à tua face

A minha sombra
Ficou aqui
Na terra queimada
Sòzinho
À tua espera
Na negrura nocturna

Parou aqui
A minha ira
O meu sonho
Pararam os meus olhos
Os meus despertares matinais

A minha esperança
Ficou aqui
Com a luz do Sol
A inventar quimeras
No verde das folhas
No amadurecer dos frutos
Na partida das aves

Parou aqui
O meu sangue
A minha preguiça
A minha vida
A minha cruz
A minha noite

Fico aqui
No meu corpo
Inerte
Gelado
À tua espera

E tu
Nunca mais vens

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Lágrima


Uma lágrima gelada
Percorre
meu rosto quente
Água
Sal
Carne
Mistura dolorosa
Brotou
Saíu
Para-me nos lábios

Um esgar
um leve toque de língua
Eis que me entra
Boca dentro

Dissolvo-a
Queixa-se

"Porque me soltaste?
Que mal fiz?
Dormia
Tão bem
no teu saco
Lacrimal

Respondo
Com um tríssilabo
" Não fui eu"
Questionou-me
Então? e Porquê?
Argumento
"é o estado de alma"

Já não falo
Já não sinto
Já não ouço

Apenas
Penso
Lembro
recordo

E que recordo?
São vagas
As lembranças


Havia
Um pão
Havia
Um copo
Solidariedade
Não faltava
Uma chama
furtiva
Duma vela
quase apagada
Espreitava
O AMOR
Envergonhada
Ora ardia
Ora apagava
Crepitava
Na lareira
Um resto
De madeira
Curcumida
Uma pinha

Chegou a hora
Partiu
Voltou a lágrima

A fome





Fome: renovável linha da extrema pobreza

Marcelo Henrique Guedes Chaves
Professor de Matemática – aluno do Curso de Gestão Hospitalar
em 02/06/2006
No momento em que estamos vivendo, a fome tem sido constantemente palco das grandes discussões políticas e sociais. Numa época em que somos surpreendidos com as injustiças e as corrupções, fica aqui uma reflexão que não se cala: será que falta uma política séria, compacta e assumida por toda a sociedade como um instrumento que prioriza o social e que busca realmente um novo realiamento de altíssima relevância para a superação da crise que assola de forma desumana os mais pobres?
Nesse contexto, podemos refletir sobre a prática governamental das políticas públicas como um paradoxo entre linhas, consumidas pelas rotineiras vias burocráticas e pelo falso discurso ético–social dos que governam o país. Fica claro que essa responsabilidade social está situada nas grandes diversidades econômicas, sociais e culturais existentes no Brasil e sendo acomodada numa missão institucional que não viabiliza com tamanha transparência medidas concretas em face das diretrizes que asseguram a qualidade de vida da nossa e de toda a humanidade, desta e das futuras gerações. A questão da fome passa a ser um meio de propagação política, pois transformam a fome em uma situação renovável, ou seja, a fome passa ser uma utopia que se encontra na linha do infinito.
É preciso reciclar o nosso pensamento de forma progressiva e sistemática para combatermos a fome sem transformá-la em objeto direto do discurso político e tão pouco, focalizar somente segmentos isolados, mas sim, na sua totalidade, com objetivo centrado a responder as necessidades básicas e essenciais prevista na Constituição Federal. Se continuarmos persistindo na política de programas voltados como plataforma eleitoral, a pobreza será uma onda crescente nessa via “Democrática” , como um sistema de desintegração social.
Por fim, acredito que o caminho a ser superado é de conscientização, de resistência e de reestruturação, dentro de uma linha de conduta fiel, que possa servir como um programa digno a sobrevivência entre a maioria da população que vive na linha da extrema pobreza.

sábado, 2 de maio de 2009

virás


Virás um dia
Sei que virás
Tu, que nem eu próprio
Sei quem és

Virás

Virás um dia
Sim
Com o silêncio
Do amanhecer
E para além do sussurro
Da palavra proíbida

Virás
Virás um dia
Sim Tu, a quem já nem consigoOuvir a voz
Virás
De mãos abertas
E calor na alma
Virás
Com asas nos braços
Pelos trilhos
De terra molhada
Com o odor da Primavera
Virás
Virás um dia
Virás
Espalhando amor à tua volta
E em meu redor
Teus olhos VirãoPara iluminar
Minha alma
Meu coração
Virás sim
Virás.......Fico à tua espera

com caracter de urgência

Não precisei dum átrio de hotel para inventar o Amor com caracter de urgência.Inventei-o em primeiro lugar de forma virtual defronte de um ecran.depressa se transformou a invenção em real numa pequena viagem de carro e barco a caminho duma península.À frente dum peixe grelhado, mais tarde e tendo Pedro Almodovar e o seu Habla con Ella como testemunhas, a minha invenção do Amor ficou mais forte.Nem um louco engano na troca de cores e outras coisas mais para a construção duma maravilhosa mesa de Natal, atrapalhou a minha invenção.Pelo contrário a reforçou com uma surpresa maravilhosa.Um chapéu de chuva ,numa tarde soalheira e ventosa a servir de guarda sol e tapa ventos continuou a saga desta minha invenção do amor com caracter de urgência.Também a meiguice duma gatinha de nome Galapinhos em conjunto com um licor da sogra fizeram parte desta minha descoberta.No meu aniversário o Segredo e o caminho das luzes foram mais indicações seguras de que o amor com caracter de urgência estava a crescera um ritmo sem limites físicos.Fiz escalada e brinquei de baloiço como criança maravilhada com o seu brinquedo preferido: o AMOR ao fim de tantos anos.Jás são inúmeres as bençãos que a Natureza teima em me enviar a dizer que na realidade está a apoiar a minha invenção do amor com caracter de urgência.Não precisei de me atirar ao rio pois a luz de velas acesas e um pôr de Sol deslumbrante me reafirmaram que estava no caminho certo e correcto.Quero e vou continuar a descobri-lo,disvirginá-lo e a inventá-lo. Com caracter de urgência.E um dia que parta desta vida para sempre ainda o estarei a inventar e descobrir.O AMOR tem sempre algo que nos pode surpreender. Inventêmo-lo.COM CARACTER DE URGÊNCIA