Perdido andei durante quase toda a vida."Jazia informe e exangue num cativeiro Há muito acomodado".Descobri-me e descobriram em mim algo que havia muito tempo a memória havia esquecido.Estou de novo pronto para o recomeço
sábado, 6 de junho de 2009
A VIDA
É do ponto mais alto Do meu EU Que grito o meu choro O meu pranto
Canto e grito Como quem se desnuda Pondo a nú A chama que me cresce Que me morre Que me devora
Acesa Bem acesa Na minha voz
Lâmina afilada Amarga Perfurante Ao mesmo tempo sedutora Penetra mño meu EU Mas jamais me dói
Porque apesar de tudo ainda me resta a esperança O Sonho
Embora afirmada, em vez de esperança encontro o grito da desesperança nestes poemas.A essência do homem tem de passar mais pela alegria ou dificilmente conseguiremos um mundo melhor.
Nasci num berço de palhas
Sem jumentos
Nem estrelas
Resultei dum coito de ideias tolas
E necessidades intempestivas
Melhor seria
Ter nascido morto
Num parto
Apadrinhado com ceroulas
Não posso
Dar um passo no passado
Sem tropeçar num qualquer
Osso esquelético
Quem foi
Aquela senhora visitadora
Que me trouxe
A esta vida
Desvairada?
Parteira desta vida
Sempre adiada
Como foi possível
Não dilacerar
Esta placenta
Que ainda trago
Agarrada a mim?
Fiquei tão só
Que dó me faz
Pensar num útero
Onde germinei
Num espaço
Incendiado?
Cansado
Corro neste antro
De feras humanas
Saudosos de não estarem mortos
O meu espaço
Foi crucificado
E não me traz
Novas da minha cova
2 comentários:
Embora afirmada, em vez de esperança encontro o grito da desesperança nestes poemas.A essência do homem tem de passar mais pela alegria ou dificilmente conseguiremos um mundo melhor.
Vive a vida amiguinho,mas com esperança e alegria e pensamento positivo.
E continua a escrever
beijocas
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