Perdido andei durante quase toda a vida."Jazia informe e exangue num cativeiro Há muito acomodado".Descobri-me e descobriram em mim algo que havia muito tempo a memória havia esquecido.Estou de novo pronto para o recomeço
terça-feira, 9 de junho de 2009
Cansa
Cansa tanto esperar A carne viva Partilhada Não comprada Não vendida
Cansa muito Pisar o vazio O éter O asfalto As pedras que não calcas
Cansa tanto Esperar a tua pele O teu olhar O teu riso O teu enigma
Ah quanto cansa Ver o teu lugar Na mesa vazio O prato limpo À espera Ah quanto cansa Acordar do meu sonho Onírico Vigilante Mas SONHO
Por sugestão da SUSANA GARCIA tenho já este seu blog nos Favoritos (para não falhar). Contava ter chegado aqui bem mais cedo. Não sou um crítico de Poesia. Apenas uma pessoa que lê muita Poesia, porque aprecio imenso. Aliás, tenho um blog e, de quando em quando, lá entra uma poesia de um grande poeta para acompanhar uma imagem... Amanhã, lerei 3 ou 4 poesias suas. Depois, comentarei. Entretanto, gostava de saber se lê este >CANSA< de forma bem marcante?
Para me aventurar numa análise mais consciente da sua poesia, gostaria que me respondesse à pergunta que fiz na noite do dia 12 e, sobretudo, precisava de um perfil seu mais completo. O que disponibiliza no seu blogue nem a sua idade mostra e pela sua fotografia também nada se pode concluir.
Nasci num berço de palhas
Sem jumentos
Nem estrelas
Resultei dum coito de ideias tolas
E necessidades intempestivas
Melhor seria
Ter nascido morto
Num parto
Apadrinhado com ceroulas
Não posso
Dar um passo no passado
Sem tropeçar num qualquer
Osso esquelético
Quem foi
Aquela senhora visitadora
Que me trouxe
A esta vida
Desvairada?
Parteira desta vida
Sempre adiada
Como foi possível
Não dilacerar
Esta placenta
Que ainda trago
Agarrada a mim?
Fiquei tão só
Que dó me faz
Pensar num útero
Onde germinei
Num espaço
Incendiado?
Cansado
Corro neste antro
De feras humanas
Saudosos de não estarem mortos
O meu espaço
Foi crucificado
E não me traz
Novas da minha cova
4 comentários:
Entre o sonho e a realidade se faz um poema.
bonito esse teu cansaço.
beijinhos grandes
CARO VITOR CORREIA
Por sugestão da SUSANA GARCIA tenho já este seu blog nos Favoritos (para não falhar).
Contava ter chegado aqui bem mais cedo. Não sou um crítico de Poesia. Apenas uma pessoa que lê muita Poesia, porque aprecio imenso.
Aliás, tenho um blog e, de quando em quando, lá entra uma poesia de um grande poeta para acompanhar uma imagem...
Amanhã, lerei 3 ou 4 poesias suas. Depois, comentarei.
Entretanto, gostava de saber se lê este >CANSA< de forma bem marcante?
Um abraço.
VICTOR CORREIA
Para me aventurar numa análise mais consciente da sua poesia, gostaria que me respondesse à pergunta que fiz na noite do dia 12 e, sobretudo, precisava de um perfil seu mais completo.
O que disponibiliza no seu blogue nem a sua idade mostra e pela sua fotografia também nada se pode concluir.
Um abraço.
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