Perdido andei durante quase toda a vida."Jazia informe e exangue num cativeiro Há muito acomodado".Descobri-me e descobriram em mim algo que havia muito tempo a memória havia esquecido.Estou de novo pronto para o recomeço
sábado, 7 de novembro de 2009
Qualquer dia
Qualquer dia Saio da minha toca E pinto no céu Uma estrela côr de Rosa
Qualquer dia Solto as amarras E canto ao tempo Uma canção de raiva
Qualquer dia Liberto a minha alma E grito ao espaço Uma Lua repetida
Qualquer dia Mordo a minha boca E falo palavras, Caladas e feridas
Olá Vitor; (...) creio que já tinha lido e comentado este teu poema que, penso que tal como aqueles que me tens enviado têm uma tensão e uma conflitualidade com a vida, com o Mundo que lhe é transversal. No entanto gosto de algumas metáforas que utilizas para expremires esseteu estado de alma.
Nasci num berço de palhas
Sem jumentos
Nem estrelas
Resultei dum coito de ideias tolas
E necessidades intempestivas
Melhor seria
Ter nascido morto
Num parto
Apadrinhado com ceroulas
Não posso
Dar um passo no passado
Sem tropeçar num qualquer
Osso esquelético
Quem foi
Aquela senhora visitadora
Que me trouxe
A esta vida
Desvairada?
Parteira desta vida
Sempre adiada
Como foi possível
Não dilacerar
Esta placenta
Que ainda trago
Agarrada a mim?
Fiquei tão só
Que dó me faz
Pensar num útero
Onde germinei
Num espaço
Incendiado?
Cansado
Corro neste antro
De feras humanas
Saudosos de não estarem mortos
O meu espaço
Foi crucificado
E não me traz
Novas da minha cova
3 comentários:
Qualquer dia farei assim farei.
beijooo.
Qualquer dia levantas ergues as tuas asas e voas.
Olá Vitor; (...) creio que já tinha lido e comentado este teu poema que, penso que tal como aqueles que me tens enviado têm uma tensão e uma conflitualidade com a vida, com o Mundo que lhe é transversal. No entanto gosto de algumas metáforas que utilizas para expremires esseteu estado de alma.
Abraço
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