quinta-feira, 30 de julho de 2009

Novembro Frio


Novembro Frio


Era Novembro frio
Anoitecia
Roubaram-me o ar
O fôlego

Deixaram um prato vazio
Sobre a mesa
Trocaram-me
O Amor
Por um doloroso
amargo de boca

O coração???
Esse ficou ferido
Parado
Descrente

Uma sombra
Uma sede
Uma manhã sem esperança
Foi o que me deixaram

Num lugar
De um barco
de aventuras
Doaram-me
Um outro
Titanic

O corpo
Transformou-se
Num refúgio de armas
E a alma
Foi devorada

Vitor Correia

2 comentários:

Margarida Piloto Garcia disse...

Ficam as palavras agarradas em nós depois de lermos e viram sentimentos.

Susana Garcia Ferreira disse...

Como já tinha referido também gostei deste poema escreves muito bem,no entanto é um poema um bocado triste.Penso que podias escrever também uns poemas mais alegres,sem este vazio,com esperança.
beijinhos