sábado, 27 de março de 2010

Cansa


Cansa tanto esperar
A carne viva
Partilhada
Não comprada
Não vendida

Cansa muito
Pisar o vazio
O éter
O asfalto
As pedras que não calcas

Cansa tanto
Esperar a tua pele
O teu olhar
O teu riso
O teu enigma

Ah quanto cansa
Ver o teu lugar
Na mesa vazio
O prato limpo
À espera
Ah quanto cansa
Acordar do meu sonho
Onírico
Vigilante
Mas SONHO

2 comentários:

Margarida Piloto Garcia disse...

Tal como já te comentei num site social o poema traz as tuas tristezas e amarguras, alicerçadas sempre no onírico.

Susana Garcia Ferreira disse...

Poema bonito mas algo triste,que transmite cansaço e desânimo no entanto quando se chega ao fim existe alguma esperança,quando se lê a palavra sonho.
Sonhar é gratuito e faz bem,deve-se sempre sonhar.
bjs